Hospital Amadora-Sintra

Após a demissão dos chefes e subchefes de equipa do serviço de urgência (SU) do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF), no passado dia 29 de novembro, por falta de condições de trabalho e de condições mínimas de segurança para os doentes, o Conselho de Administração (CA) do hospital continua sem apresentar soluções para o problema. Na avaliação do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), trata-se de uma situação gravíssima que impõe uma imediata intervenção do Ministério da Saúde.

Fotografia da reunião do Conselho Nacional da FNAM, com João Marques Proença, Noel Carrilho e Joana Bordalo e Sá

O Conselho Nacional da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) elegeu a sua nova Comissão Executiva, com Joana Bordalo e Sá a assumir a presidência, e decidiu que não é possível adiar mais a negociação das grelhas salariais, no processo negocial em curso com o Ministério da Saúde.

Cartaz da reunião

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul organiza uma reunião aberta aos médicos a trabalhar no concelho da Amadora, a decorrer por videoconferência no dia 14 de dezembro, quarta-feira, das 21h30 às 23h00, de forma a debater a situação nos serviços de saúde no concelho e a conhecer melhor os problemas que têm afetado as suas condições de trabalho.

A reunião é aberta a todos os médicos, sejam ou não sindicalizados.

Participarão na reunião vários dirigentes sindicais e um dos advogados do serviço jurídico do SMZS.

Pode aceder à reunião através da plataforma ZOOM, usando este URL: https://us06web.zoom.us/j/89137326517

Dois médicos a tomar notas

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) entende que a reunião com o Ministério da Saúde, no dia 28 de novembro, foi uma desilusão, por o Governo insistir em adiar a negociação dos aspetos fundamentais para os médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), como a revisão das grelhas salariais.

Apesar de alguns avanços na negociação de alterações nas normas particulares de organização e disciplina do trabalho, para os sindicatos médicos é necessário dar passos mais consistentes numa efetiva melhoria das condições de trabalho dos médicos.

Não se compreende que num momento particularmente difícil para o SNS, considerando a situação nas urgências hospitalares e nos cuidados de saúde primários, o Ministério da Saúde não tenha urgência em abordar os temas realmente essenciais para chegar a acordo com os sindicatos.

Para a FNAM, é fundamental rever imediatamente as grelhas salariais e estabelecer medidas que permitam os médicos conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar, de forma a fixar os médicos no SNS.

Não é possível continuar a exigir que os médicos hospitalares trabalhem mais de 600 ou 800 horas para além do seu horário normal de trabalho ou que os médicos de família trabalhem com listas de utentes absolutamente impraticáveis. É fundamental criar as condições para que os médicos regressem ao SNS, de forma a garantir os cuidados de saúde de qualidade para a população.

Por isso, a FNAM aguarda que, na próxima reunião, no dia 15 de dezembro, o Ministério da Saúde apresente medidas sérias de valorização do trabalho médico. Os sindicatos médicos estão prontos a negociar, desde que exista uma verdadeira abertura nesse sentido.

© Sindicato dos Médicos da Zona Sul