O Conselho de Administração (CA) do Hospital Garcia de Orta (HGO) deu mais uma prova de gestão autocrática e antidemocrática, ao demitir, na semana passada, o Diretor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia por delito de opinião.
A demissão ocorreu após o diretor do serviço de Ginecologia e Obstetrícia ter manifestado o seu desagrado perante a diretriz emanada pelo Diretor Clínico do HGO – que acumula também o cargo de diretor do serviço de Infeciologia de forma ilegal – de internar na mesma enfermaria grávidas com e sem infeção por COVID-19, apesar de existirem vagas em serviços exclusivamente destinados a doentes COVID. Com esta atitude, o Presidente do CA do HGO evidencia, mais uma vez, o caráter autoritário que já tinha demonstrado enquanto Diretor Executivo do ACES Almada-Seixal.
Solidarizando-se com o Diretor demitido, 116 médicos do hospital, entre os quais vários diretores de serviço, escreveram uma carta à Ministra da Saúde.