Hospital Garcia de Orta

O Conselho de Administração (CA) do Hospital Garcia de Orta (HGO) deu mais uma prova de gestão autocrática e antidemocrática, ao demitir, na semana passada, o Diretor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia por delito de opinião.

A demissão ocorreu após o diretor do serviço de Ginecologia e Obstetrícia ter manifestado o seu desagrado perante a diretriz emanada pelo Diretor Clínico do HGO – que acumula também o cargo de diretor do serviço de Infeciologia de forma ilegal – de internar na mesma enfermaria grávidas com e sem infeção por COVID-19, apesar de existirem vagas em serviços exclusivamente destinados a doentes COVID. Com esta atitude, o Presidente do CA do HGO evidencia, mais uma vez, o caráter autoritário que já tinha demonstrado enquanto Diretor Executivo do ACES Almada-Seixal.

Solidarizando-se com o Diretor demitido, 116 médicos do hospital, entre os quais vários diretores de serviço, escreveram uma carta à Ministra da Saúde.

Médico

O Fórum Médico de Saúde Pública, realizado online a 25 de maio de 2020, saúda o enorme esforço e o trabalho exemplar desempenhado pelos médicos de saúde pública na preparação e resposta à COVID-19 em Portugal. Lamentavelmente, a abnegação dos médicos de saúde pública não foi correspondida por uma melhoria das suas condições de trabalho. Pelo contrário, a pandemia tornou ainda mais evidente as fragilidades e a penúria dos meios das equipas de saúde pública e, muito em particular, dos meios para melhorar a saúde dos cidadãos colocados ao dispor dos médicos especialistas e médicos internos de Saúde Pública.

 

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) tomou conhecimento de que o Hospital de Portalegre, que integra a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), delegou numa empresa de trabalho temporário a contratação de médicos a dia, a preço de saldo, para integrar a área dedicada ao combate à Covid-19 deste Hospital.

Desde há longa data que o ACES Almada-Seixal tenta impor a prestação de trabalho extraordinário aos trabalhadores médicos e enfermeiros ao seu serviço, sem o devido pagamento.

© Sindicato dos Médicos da Zona Sul