Hospital de São Bernardo

A demissão em massa da liderança clínica do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) foi o culminar de vários gritos de alerta por parte dos médicos. O SMZS solidariza-se com a sua luta e exige a responsabilização do Ministério da Saúde e do Conselho de Administração, que não teve competência para tomar medidas atempadas para resolver uma situação crónica que se agudizou com a pandemia.

Médicos

Desde que foi anunciada como uma medida de compensação aos médicos envolvidos no combate à pandemia, a valorização da remuneração do trabalho suplementar não foi atribuída, ou, nos casos em que o foi, acabou por ser incorretamente calculada. A situação, depois de ter sido denunciada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), é agora apenas parcialmente corrigida pela tutela, que atribuiu este mês o montante em falta relativamente ao trabalho extraordinário realizado em fevereiro e março. Contudo, as irregularidades persistem: há médicos da linha da frente que continuam sem receber as horas extraordinárias que realizaram, e permanece por corrigir o pagamento do trabalho suplementar realizado nos restantes meses.

Hospital Nélio Mendonça

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) tem procurado, sem sucesso, estabelecer diálogo com Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM), assim como com a Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil, a propósito da alegada irregularidade de que se reveste todo o procedimento de nomeação do mais recente diretor do Serviço de Psiquiatria. Constata-se, ainda, a existência de contratações aparentemente pouco transparentes e que potenciam desigualdades e o descontentamento interpares.

 

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) saúda todos os médicos que se associaram à FLASH MANIF - Pelos médicos e pelo SNS, demonstrando, no seu local de trabalho, que estamos unidos em defesa de condições de trabalho dignas e por um verdadeiro investimento no SNS.

Foram centenas de médicos, das mais diversas especialidades e de todas as regiões do país, que documentaram a sua participação.

Com esta demonstração de capacidade reivindicativa os médicos mostram ao Governo que não pode continuar a ignorá-los.

É urgente voltar à mesa das negociações. É urgente que o Governo atenda as reivindicações dos sindicatos médicos. A atitude displicente deste Governo e desta Ministra da Saúde é inaceitável.

A continuidade desta postura intransigente levará, inevitavelmente, e a breve prazo, a outras formas de luta, nomeadamente a greve.

© Sindicato dos Médicos da Zona Sul