A Reforma da Saúde Pública sem representantes dos médicos

As organizações representativas de Médicos (FNAM, SIM, OM, e ANMSP) no seguimento de recomendação do Fórum Médico, decidiram abandonar a Comissão de Reforma da Saúde Pública Nacional criada por Despacho do Ministro da Saúde de 19/09/2016.

Esta tomada de posição conjunta das organizações médicas foi motivada pela forma incorreta como os trabalhos da Comissão vêm sendo conduzidos (o que, oportunamente, motivou denúncias públicas por parte destas estruturas), pela ocultação de informação essencial ao bom andamento dos trabalhos e culminou com o conhecimento da proposta de integração do Instituto Ricardo Jorge (INSA) na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade do Porto da sua Delegação do Norte, processo conduzido à margem da Comissão.

O abandono da Comissão não implica, da nossa parte, a existência de qualquer intenção de abandonar o objectivo de uma real Reforma da Saúde Pública ou desistir da luta por um sistema de saúde que proteja e promova efetivamente a saúde dos portugueses, permitindo simultaneamente aos seus profissionais trabalhar em condições dignas e que lhes permitam o desenvolvimento, o reconhecimento e o respeito que merecem.

Pelo contrário, fizemo-lo com a plena consciência da pesada responsabilidade que recai sobre as organizações representativas de médicas e reafirmamos a nossa disposição de prosseguirmos, em conjunto, o desenvolvimento de propostas que contribuam para a reestruturação do sistema de saúde, com destaque para o SNS, especialmente ao nível macro e que, ao mesmo tempo, permitam integrar e harmonizar muito do trabalho já desenvolvido ao nível das subcomissões da reforma, no qual todos nós investimos muito tempo, esforço e empenho.

Coimbra, 6/5/2017
A Comissão Executiva da FNAM

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