
Há mais de um ano e meio que os sindicatos médicos têm desenvolvido empenhados esforços para negociar com o Ministério da Saúde e com o Governo.
Nesta negociação, os sindicatos médicos colocaram, entre diversas outras, três matérias elementares que constituem uma mera reposição de enquadramentos laborais anteriores à presença da Troika no nosso país e que mesmo assim têm sido peremptoriamente negados pela delegação governamental:
Num vasto leque de reivindicações que, repetimos, têm como denominador comum a qualidade do Serviço Nacional de Saúde através da valorização da Carreira Médica, os sindicatos médicos aceitaram calendarizar a sua discussão e negociação entre o passado mês de Março e o final deste mês de Setembro.
Em Maio passado os sindicatos médicos foram confrontados com uma ruptura negocial por parte da delegação governamental em torno das seguintes matérias:
1º Redução do limite anual de trabalho suplementar obrigatório de 200 para 150 horas;
2º Redução do período normal de trabalho em serviço de urgência de 18 para 12 horas semanais;
3º Redução das Listas de utentes dos Médicos de Família de 1900 para 1550 utentes;
A 10 e 11 de Maio, os médicos foram obrigados a realizar uma greve nacional.
