A Convenção Nacional de Saúde, com o alto patrocínio do Presidente da República, teve lugar nos dias 7 e 8 de junho, em Lisboa.
Contou com a participação de mais de 90 organizações ligadas à saúde. Contudo, os sindicatos foram deixados de fora, o que não contribui para a seriedade do debate, como foi sublinhado por Pedro Adão e Silva durante a própria Convenção e já denunciado pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
Apesar da exclusão dos sindicatos deste debate, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) esteve atento ao que foi discutido durante a Convenção e tomou nota da «agenda para a dédaca», definida durante o debate, assente nas seguintes conclusões:
- o SNS centrado no cidadão,
- o maior investimento na literacia em saúde e na medicina preventiva,
- a aproximação gradual do orçamento à média da OCDE,
- os orçamentos plurianuais e a lei de meios para a saúde,
- o financiamento orientado para os resultados,
- o maior investimento em investigação e tecnologia,
- a gestão profissionalizada das instituições e envolvendo os profissionais de saúde,
- a valorização das carreiras,
- a complementaridade entre sistemas público, privado e social.
O encerramento da Convenção esteve a cargo de Maria de Belém Roseira, presidente da Comissão de Revisão da Lei de Bases da Saúde. Lembramos que esta Comissão, que apresentou na 3.ª feira, 19 de junho, a sua primeira versão da Lei de Bases da Saúde, não integra nenhum médico.
O SMZS lamenta que a voz dos médicos, e dos seus sindicatos, seja excluída destes debates sobre a saúde em Portugal e da discussão sobre o futuro do Serviço Nacional de Saúde.